Tradutor, etc.
É com muito prazer que estreio este espaço aqui no Ao Principiante. A partir de hoje, vou aparecer aqui periodicamente para narrar a aventura pela qual estou enveredando desde meados de 2010: a tradução de um livro, simultaneamente a um emprego em outra área.
Mas para vocês entenderem como isso aconteceu, é bom eu contar um pouco da minha trajetória. Meu nome é Heitor M. Corrêa, tenho 28 anos e moro no Rio de Janeiro. Sou formado em Psicologia pela PUC-Rio, embora logo tenha percebido que essa escolha não foi a ideal. Meu primeiro contato com a tradução ocorreu ainda na faculdade, quando cursei eletivamente a disciplina de Iniciação à Tradução.
Em 2008, já com um ano de formado, voltei à PUC para o Curso de Formação de Tradutores Inglês-Português. Foi o passo que faltava para a ideia se transformar em meta: a tradução era o meu caminho.
Foi no período do curso que fiz outra importante descoberta: a comunidade Tradutores/Intérpretes BR (ou 50302, para os íntimos), no Orkut. Sim, o Orkut é um verdadeiro mar de abobrinhas, mas nessas águas também é possível pescar grupos de grande valor, como essa comunidade repleta de profissionais competentes e bem-sucedidos, onde tive a oportunidade aprender lições valiosas sobre o mercado e o ofício da tradução, além de conhecer pessoas muito importantes, como a Lorena e outras de quem falarei adiante.
Eis que, por ironia do destino, logo após o término do curso surge uma oportunidade de emprego como psicólogo. Entrei, e… não demorou muito para começarem a aparecer alguns trabalhinhos de tradução!
No final de 2009, fiquei sabendo do Prêmio Novos Tradutores, promovido pela Coordenação de Pós-Graduação da Universidade Gama Filho (UGF), que premiaria tradutores literários iniciantes na profissão. Imediatamente me inscrevi na categoria Inglês e, traduzindo o conto Hermann the Irascible, de Saki, em junho de 2010 tive a felicidade de ficar entre os 10 finalistas do concurso! Foi assim que começaram a nascer esta parceria com a Lorena e a experiência que vou narrar aqui.
Pouco tempo depois da divulgação do resultado, fui convidado pelo tradutor e amigo Daniel Estill, também membro da 50302, a dividir a tradução de um livro didático, não por acaso, de Psicologia. Daniel é marido da Adriana Rieche, que foi minha professora no Curso de Formação, e, após ouvir dela boas recomendações a meu respeito e observar minha participação na comunidade, decidiu depositar sua confiança em mim.
Então, em julho começou a aventura de dividir meu tempo entre a empresa, durante o dia, e o livro, à noite. Uma tarefa que exige dedicação intensa, mas extremamente estimulante para quem ama a tradução. Mas isso já são cenas do próximo capítulo…
Até lá!
Heitor M. Corrêa
🙂
Seja muito bem-vindo, Heitor! 😀
Olá! Fiquei muito feliz ao ler seu post, pois me formei em Tradução em 2009, aqui em Santos – SP e me identifiquei com sua vontade e desejo de crescer nessa profissão tão gratificante e apaixonante! Também sou profissional em outra área e quero deixar aqui o meu “muito obrigado” por você demonstrar que é sempre possível encontrar tempo e disposição para fazer o que mais gosta. Abraços e Sucesso !
É isso aí, Alexandra!
O importante é sempre estarmos atrás daquilo que queremos e que nos satisfaz. Boa sorte pra nós! 😉
Oi, Alexandra! Também sou de Santos e me formei aqui. Recém-formada, também trabalhei em outras áreas e só depois voltei pra profissão. =)
Tenho certeza que a nova seção do Heitor vai animar muita gente, como aconteceu com você. No fim, os apaixonados pela tradução sempre arranjam um jeito de investir na profissão e é um incentivo muito grande ouvir histórias como a do Heitor!
Espero que continue lendo o blog e o Tradutor, etc.. 😀
Olá, Lorena.
Gostei da sua recente reportagem sobre o tradutor.
Gostaria de ler matérias refentes à língua espanhola pois sou tradautora de Esp-Port.
Grata pela atenção!
Um abraço!
🙂
Que alegria ler isso!
Tenho 30 anos, trabalho numa área nada a ver comigo, e paralelamente, curso Letras – Português/Espanhol. Sempre senti que minha vocação é trabalhar com as palavras. Por isso, é na tradução que quero investir para me realizar profissionalmente, sinto um vazio e uma tristeza enormes por ter seguido o caminho profissional errado, simplesmente porque “precisava me sustentar”.
Gostei muito do texto.