O começo do começo

O que fazer com o conhecimento de um idioma estrangeiro mas nenhum conhecimento sobre ou experiência em tradução?
A partir de um e-mail que recebi, hoje gostaria de falar sobre o começo do começo, aquele período entre a nossa decisão de nos tornarmos tradutores e o colocar a mão na massa efetivamente. É o espaço de tempo para reunirmos os requisitos mínimos que a profissão nos exige para que a pratiquemos com técnica, qualidade, confiança e conhecimento de causa.
Como já disse em outras ocasiões, há muitas maneiras de começar. Porém, conhecer bem uma língua estrangeira, ao contrário do que se pode pensar, não é a condição principal para ser tradutor, mas sim o quesito mais básico. O mesmo pode ser dito da língua materna: uma vez que, normalmente, traduzimos do idioma estrangeiro para o nosso próprio idioma, nada mais importante do que ter um excelente domínio dele.
Ou seja, ainda que uma pessoa tenha conhecimentos profundos de seu próprio idioma e de um idioma estrangeiro, eles não são suficientes para que ela seja (boa) tradutora. A prática da tradução exige umas tantas outras habilidades com as quais uma pessoa precisa se identificar para poder se intitular, realmente, tradutora. Vejamos algumas delas:
Ter curiosidade e saber pesquisar: encare essas habilidades como o instinto básico de sobrevivência do profissional de tradução. Combinadas, elas são a bússola do tradutor que, lidando com os mais variados tipos de assunto e não conhecendo a fundo todos eles, precisa fazer o seu próprio mapa e achar as melhores saídas.
Ser amigo das novas tecnologias: hoje o tradutor é um dos profissionais que mais precisam acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas, principalmente as que ocorrem no mundo da computação. O computador não serve apenas para ler o original e digitar a tradução. É nele que vamos inserir todas as ferramentas para deixar nosso trabalho mais ágil e com mais qualidade. E é na internet, principalmente, que vamos interagir com outros profissionais da área, enviar e receber arquivos e prospectar novos clientes.
Ser bom administrador: ser freelancer exige que o tradutor não apenas se preocupe com a tradução em si, mas que ele gerencie bem seus projetos profissionais e sua vida financeira. Saber administrar prazos, prospectar clientes com frequência e entender sobre impostos e afins são coisas das quais não se pode fugir, por mais chatas que sejam para alguns de nós.
Se você acha que tem essas qualidades, ou que pode adquiri-las, o próximo passo é saber como se preparar antes de começar, de fato, a prospectar clientes e traduzir.

ESTUDOS
Fazer um curso universitário ou um curso de formação para tradutores: como sabemos, ainda que haja cursos universitários de tradução, o diploma de nível superior (ou qualquer outro) não é exigência para que pratiquemos a profissão. Há cursos de especialização mais direcionados para a prática da tradução em si, como o da Alumni e o do Daniel Brilhante Brito. Inclusive, se você já tem uma outra formação, como engenharia, química, história, etc., fazer um curso mais curto é o ideal. Com os conhecimentos técnicos da sua área de formação e da área da tradução, você já pode partir para um nicho mais fechado do mercado.
Cursos específicos e de enriquecimento curricular: a tradução engloba muitas áreas de atuação, como legendagem, interpretação, tradução literária, tradução técnica, etc. Por isso, se você se interessa mais por umas do que por outras, fazer cursos de aperfeiçoamento é a saída para procurar oportunidades e atuar nessas áreas com o conhecimento necessário. Há excelentes cursos e professores em todas elas e, com as facilidades da internet, não é preciso nem sair de casa. Eu, por exemplo, fiz o curso de legendagem da Carolina Alfaro online e gostei muito.
Cursos “técnicos”: são muitas as ferramentas que auxiliam o trabalho do tradutor no dia-a-dia. Muitas delas podem ser aprendidas com a utilização na prática, mas outras requerem mais conhecimentos técnicos ou específicos. É o caso das CAT tools (computer-assisted translation tools), para as quais fazer um curso poupa tempo e dá mais suporte do que o autodidatismo. As CAT tools são várias e tem muita gente boa dando cursos sobre elas. Eu fiz o de Wordfast com o Roger Chadel, o que foi meu ponto de partida para, hoje, traduzir quase exclusivamente com as CAT. Aliás, elas serão o assunto do próximo post, não percam.
Também é bom manter sempre em dia os estudos da língua estrangeira e do português.
LEITURAS E NETWORKING
Mais uma vez, a internet mostra todo o seu potencial para a carreira do tradutor. Hoje, é muito mais fácil estar em contato com colegas de profissão, ler o que profissionais mais experientes têm a dizer e ficar sabendo de eventos presenciais que ocorrerão ao longo do ano. Parece que sempre bato na mesma tecla, mas é a mais pura verdade: ler blogs e participar de listas e comunidades sobre tradução é importantíssimo para entendermos como se comporta o nosso mercado e quais são as práticas mais comuns entre os tradutores. Ainda que seja preciso separar o joio do trigo, todas essas leituras nos enriquecem muito como profissionais. Vale muito separar um tempo do dia ou da noite para se manter atualizado. Além de ler, comentar nos blogs e listas é uma ótima oportunidade de fazer contatos na área e, assim, futuras parcerias poderão surgir. Mas, além da internet, os livros também são boas pedidas. Os do Paulo Rónai são verdadeiras obras-primas que tratam da tradução sob diversos prismas. O Fidus Interpres – a prática da tradução profissional, bem mais recente, é um excelente manual prático sobre a profissão.
INVESTIMENTOS
Investir em ferramentas essenciais à prática da profissão é um modo inteligente de começar. No início, o mínimo é ter um computador com bons requisitos e conexão à internet, dicionários monolíngues e bilíngues, gramáticas e pelo menos uma CAT tool (acho o Wordfast ideal para quem está começando. Tem versão gratuita, versão online e a versão paga é a mais barata do mercado). Se você passa muito tempo fora de casa, ter internet no celular ajuda a não perder oportunidades por não ter respondido prontamente a e-mails de clientes.
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Para facilitar, eu resumiria tudo isso na seguinte autoavaliação:
Tenho as qualidades mínimas para ser um bom tradutor?
- sou curioso?
- gosto de ler e pesquisar?
- me dou bem com as tecnologias atuais?
- tenho perfil para ser um profissional liberal?
Tenho os conhecimentos necessários para traduzir?
- tenho excelente domínio da minha língua materna?
- tenho conhecimentos profundos de uma língua estrangeira?
- tenho curso universitário ou fiz algum curso específico de tradução?
- tenho outra formação ou experiência profissional que pode ser meu nicho de tradução?
- fiz algum curso para o nicho do mercado em que desejo trabalhar – legendagem, literatura, etc.?
- sei usar as ferramentas de tradução que o mercado exige?
- leio a respeito de como os profissionais de tradução atuam?
- tenho contato com profissionais mais experientes?
- conheço as práticas mais comuns dos profissionais de tradução?
- uso a internet para me comunicar com outros tradutores?
- quero/gosto de participar de congressos, eventos, seminários sobre o assunto?
- tenho computador com conexão à internet?
- tenho pelo menos uma CAT tool?
- tenho dicionários, gramáticas e livros para fazer minhas pesquisas?
Apesar desse post ter sido longo, há muitas outras coisas que ainda podem ser discutidas e avaliadas antes de se começar a traduzir realmente. A ATA – American Translators Association fez um questionário exaustivo sobre o que é preciso para ser um tradutor bem-sucedido. Certamente que, para quem mal começou, muito do que está contido no questionário são passos para se dar mais adiante. Mas creio ser uma boa maneira de ter uma visão global do que se espera de um profissional de tradução. E talvez até usar o questionário como um guia para se estabelecer com mais credibilidade como tradutor.
Por fim, para complementar esse post, vocês também podem ler o Como? Quando? Onde? – Maneiras de começar.
Boa sorte!
31 Respostas para “O começo do começo”
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- 27/01/2014 -
Excelente post, Lorena! Assino embaixo: a internet e a tecnologia são indissociáveis ao nosso trabalho. Mas na época em que eu comecei (há quase 20 anos) o que mais se privilegiava eram saber escrever bem na língua de chegada e na língua de partida. A terminologia era importante, mas vinha em segundo plano e era coisa que a gente aprendia no dia-a-dia profissional. Confesso que às vezes fico espantado com as exigências de certos clientes, sobretudo agências de tradução, em termos de conhecimentos de terminologia: eles estão procurando tradutores especializados em fórmula 1, vasos de pressão, filosofia da justiça e outros assuntos bem específicos. E não é que eles sempre acham tradutores especializados? Então é bom o povo que está começando agora tratar de se especializar em alguma área que lhe seja pessoalmente gratificante e tenha chances de sucesso financeiro. Não tem nada melhor do que você chegar a um ponto da carreira em que praticamente só traduz textos de determinadas áreas escolhidas, nas quais você é mais rápido (porque já acumulou conhecimentos e traduz com maior facilidade) e ganha mais (porque provou que é especialista). Então, mãos à obra, isto é, à especialização!
Fabio, seus comentários são sempre ótimos complementos aos posts! É verdade, a especialização, hoje, está virando um importante requisito. O engraçado é que nem sempre a especialização que temos é um processo pensado. Quero dizer, muitas vezes somos “puxados” para um nicho do mercado por causa dos tipos de trabalhos que recebemos logo no começo da carreira. Se gostamos deles, ótimo! Mas se queremos ir para outras áreas, o que você disse é excelente dica: buscar o que gostamos e nos especializarmos naquilo, e sem demoras!
Obrigada, Lorena.
É muito importante, para quem está começando, ter orientações de pessoas mais experientes na área. Muitas dúvidas passam em nossas cabeças. Que bom ter encontrado o blog. Vou ser visitante assídua. Estou esperando ansiosa pelo próximo artigo.
Beijocas
Bete, que bom! Fico feliz que posso ajudar 🙂
Espero mesmo que você continue por aqui e sempre que tiver dúvidas ou sugestões, elas serão sempre bem-vindas!
Bjs!
Lorena,
Amei o post, veio bem calhar!! Estou seguindo os passos que você nos aconselha e tenho certeza que estou no caminho certo. Muito obrigada mesmo!
Um beijo,
Renilse
Oi Renilse, que bom que conseguiu aproveitar o post! Estou torcendo por você! Super beijo 🙂
Lorena, assim como Paula, eu também estou seguindo o passo a passo sugerido por você no post. Achei as dicas excelentes e acho que servem como pontapé inicial para quem está interessado em seguir a carreira. Espero ler mais dicas sobre o assunto!
Oi, Maria de Fátima!
Fico muito contente que as dicas estejam sendo úteis, esse início é complicado para todo mundo. Claro que cada um acaba conseguindo uma colocação no mercado por vias diferentes, mas se eu puder tornar as coisas um pouco mais fáceis para os iniciantes, fico muito feliz 🙂
Oi Lorena,
estou aqui novamente lendo suas ótimas dicas e orientações.
Obrigada por sua contribuição : )
Vou comprar o livro do Fábio .
beijos,
Carla
Eu que agradeço, Carla! 🙂
oi lorena,2 perguntas,o meu inglês é intermediário e pretendo voltar a ser fluente,porém na minha cidade não há o curso de tradução,só letras inglês licenciatura,você acha que ajuda,dá um certo moral e bagagem para entrar nesse mercado?
Lorena, agora há pouco tomei conhecimento do seu blog e, depois de ler dois posts seus, já me tornei sua fã. 🙂 As suas dicas são muito valiosas! Comecei há mais ou menos um ano como tradutora freelancer, depois de ter me formado em um curso técnico em Tradução e obtido experiência como revisora (apesar de ter feito também algumas traduções) por alguns meses em uma agência. A experiência foi ótima para ganhar prática em algumas áreas de especialização (e saber de quais gosto mais ou não) e CAT Tools (que acabei aprendendo “na marra”). Mas no tocante à definição das áreas de especialização, eu particularmente sinto muita dificuldade, já que minhas graduações foram em Letras e Relações Internacionais (duas áreas bastante amplas). Outra “dificuldade” minha também é em relação ao entendimento sobre a arrecadação de impostos. Se possível, gostaria que publicasse em algum post sobre a necessidade (ou não) de registro dos tradutores profissionais como pessoa física e essas questõezinhas financeiras relativas ao nosso trabalho.
Enquanto isso, vou tirando várias dúvidas também com o livro do Fabio Said, que estou adorando! Abraços!
Cecília Alves.
Oi Cecília, seja bem-vinda! A especialização é realmente um caminho complicado, eu também vim da área de Letras, então para encontrar um nicho só mesmo trabalhando com muita coisa antes. No começo, se a gente não consegue escolher a área que quer, pelo menos pode ir por exclusão e rejeitar as áreas de que menos gostamos. Aí a coisa vai fluindo naturalmente, creio. Acho que você está no caminho certo!
Oi, Lorena. Quero reiterar o pedido da Cecília por um post sobre arrecadação de impostos. É uma ótima pedida para ajudar quem está iniciando. Eu mesma, não faço ideia do que é necessário legalmente para prestar esse serviço, no caso de quem não é registrado. 😀
Oi Bete, tudo bem?
Então, Bete e Cecília, vocês andam lendo pensamentos? Ontem estava pensando sobre o assunto para ver se escrevia um artigo. O que posso adiantar é o seguinte: eu mesma estou engatinhando nessas questões, porém tenho umas coisas que posso falar no artigo que pretendo escrever. Agora, para detalhes mais precisos sobre impostos e afins, eu indico fortemente que leiam o blog do Danilo Nogueira (www.tradutorprofissional.com), porque ele fala muito disso. Mas eu quando lia o blog dele ficava assustada com relação a essas questões (é muita coisa pra pensar, né? rs), por isso queria escrever esse artigo aqui, para tirar um pouco o medo de quem está muito no comecinho. Então, aguardem 🙂
Beijos pras duas!
Oi de novo, Lorena!! Eu já li alguns posts no blog do Danilo sobre as questões tributárias e de registro de tradutores profissionais, mas ainda continuo com dúvidas. Tenho mesmo é que consultar a um bom contador e passar na Secretaria da Fazenda aqui do Rio para me informar a respeito. Mas, independentemente disso, estou aguardando ansiosa pelo seu artigo. 😀 Beijo grande!
Oi Lorena,
eu trabalho com tradução espanhol – português e amo o que faço, mas acho tão difícil essa parte de networking…
Por exemplo, gosto bastante do seu blog, por quem você é e por como você escreve, só que em geral acho os outros blogs de tradução monótonos ou metidos a besta e acabo não conhecendo ninguém para dividir as alegrias e os questionamentos mais específicos.
Vou tentar mudar isso em 2012 haha
(:
Oi Juliana, obrigada pela visita e pelos elogios!
Olha, o mundão da tradução não está restrito aos blogs. Aliás, pelo contrário: se considerarmos quantos tradutores têm por aí, é ínfimo o número daqueles que também são blogueiros.
O que quero dizer é que dá pra conhecer muita gente legal indo a congressos, eventos, encontros informais e até nas redes sociais. Comece a aparecer, preste atenção nas normas de grupos no Orkut e no Facebook e não tenha medo de participar.
Concordar ou discordar faz parte das relações sociais. Às vezes é preciso ter jogo de cintura para lidar com certas pessoas ou situações. Mas nada que nos impeça de achar gente bacana com quem conversar e tirar dúvidas.
Boa sorte 🙂
Oi, Lorena!
Na verdade vim parar aqui por curiosidade, pois acabo de me inscrever para o curso de tradutores da Universidade Gama Filho (pós graduação). Sequer sabia o que é CAT, perguntei ao google e ele me levou a você. Amei suas orientações e sua didática, são animadoras para os iniciantes. O que me levou à escolha da tradução foi o fato de, na faculdade, quando dos estudos de literaturas inglesa e norte americana, tive que fazer pesquisas lietrárias para os trabalhos, tomei paixão por traduzir. Jamais me contentei com a baixa qualidade das traduções e comecei a imprimir minha marca preparando, passo a passo, meus próprios textos traduzidos para apresentações exigidas.
Minhas aulas ainda não começaram, mas já sei que vou ler muito do que você diz e seguir suas orientações e conselhos. Obrigada por sua generosidade, desprendimento e disponibilidade para ajudar a quem pensa em ser tradutor.
Sinceramente,
Terezinha de Jesus Abreu
Terezinha, muito obrigada pela sua visita e pelas palavras.
O blog andou um pouquinho parado, mas já estou retomando. Espero ajudar cada vez mais.
Desejo muita sorte na sua escolha e que suas aulas sejam ótimas!
Beijos 🙂
Amei conhecer o blog de Lorena Leandro com ótimas orientações para tradutores iniciantes e profissionais.
Olá, Lorena
Fiz Letras licenciatura (Português – Inglês) também na Unisantos, e quero começar uma carreira na área de Tradução. Gostaria de saber se você já fez ou conhece alguém que ja fez esse curso do Daniel Brilhante Brito (online) e o que achou ?
Grata pela atenção,
Inessa
Oi Inessa, tudo bem? Olha, já ouvi algumas pessoas falando sobre o curso do DBB. Algumas gostam, outras não. Se você faz parte do Fórum dos tradutores no Facebook deve encontrar algum tópico sobre isso por lá. Se não achar, abra um tópico perguntando sobre o curso, tenho certeza que aparecerão pessoas para ajudá-la.
Abraços e obrigada pela visita!
Mais uma perguntinha…Alguém ja fez o curso de Tradução e Legendagem da Cultura Inglesa?
Esse eu já tive vontade de fazer, mas também não conheço ninguém que tenha feito.
Olá, Lorena
Li seus posts e são muito bons sou muito jovem e já estou adiantando todos os processos para seguir uma carreira como tradutor, conheço o básico pra sobreviver em lugares estrangeiros, e agradeço mais uma vez por seus posts tiraram muitas dúvidas da minha cabeça, estraei sempre lendo.
Muito Obrigado !!!
Gabriel Santos
Já começou bem, Gabriel! Pesquisar o que quer desde cedo é ótimo! Aprimore bastante a língua estrangeira e principalmente a língua portuguesa, leia muitos blogs e sites de tradutores e participe das comunidades online. Com esforço e boa vontade, todo mundo chega lá! 🙂
Muito obrigada pela visita!
Olá Lorena! você conhece alguém que já tenha feito o curso de tradução do Daniel Brilhante?
Olá, Lorena, estou tentando entrar no mundo da tradução, mas até agora nada. O idioma que falo com fluência é o francês. Não conheço pessoas que possam me auxiliar ou me informar sobre por onde começar. Até faço parte da página “Tradutores e Intérpretes” do Facebook, mas isso não ajuda muito, pois lá ninguém vai dizer quais as agências procurar ou me indicar alguma. A concorrência é feia, mesmo para quem já é do ramo. Mas foi nessa página do Face que falaram do seu blog. Sou formada, mas não na área de tradução, e como estou sem trabalhar há um tempo estou tentando ser tradutora. Cheguei a fazer testes para uma empresa de tradução de São Paulo, passei nos testes, enviaram contrato, mas trabalho nunca enviaram. Isso já tem uns 6 meses. O único trabalho de tradução que fiz até agora foi um trabalho voluntário. Parece que falar francês não ajuda muito. Fica a impressão de que é um idioma muito pouco procurado pelas agências. Será que dá para viver da tradução do francês? Estudei um ano e meio na frança. Moro em Brasília. Estou pensando em procurar agências de publicidade na minha cidade e de outros estados na internet. Será que isso ajuda? Preciso realmente ser formada ou ter cursos na área de tradução, mesmo falando bem o idioma e tendo pleno conhecimento da língua? Aceitando opiniões e sugestões. Obrigada.
Ótimo post. Muito obrigado pela sua disponibilidade em tratar de assuntos tão importantes para aqueles que estão começando na área de tradução. Sou formado em Jornalismo e seu site tem sido fundamental para que eu possa ter um novo rumo profissional. Desejo muito sucesso a você!