Começando a me organizar II

Leituras e um novo melhor amigo
Depois de ter feito a listinha de coisas boas e ruins na minha rotina, a primeira resolução foi pesquisar sobre métodos de organização, o que me levou a descobrir ótimos sites e blogs e a revisitar outros.
As inúmeras leituras que fiz me deram ânimo para, finalmente, arregaçar as mangas e mudar o que deve ser mudado. Mas, antes, foi essencial que eu identificasse certas características minhas e, acima de tudo, as aceitasse. Foi isso que me ajudou a colocar em prática métodos de organização mais eficazes para o meu perfil.
Resumindo, cheguei às seguintes conclusões:
1) Tenho um ritmo próprio e gosto de fazer as coisas com calma, normalmente um pouco mais devagar do que a maioria das pessoas. Isso, certamente, afeta muita coisa, inclusive minha produtividade. Definitivamente, não faço parte da maioria acelerada.
2) Gosto de tecnologia, mas até um certo ponto. Por muito tempo me senti culpada, achando que era preguiça ou falta de concentração. Mas caiu a ficha de que o problema não é esse, como explicarei depois.
Com isso, apesar de ter feito a lista com foco no profissional, as primeiras mudanças que coloquei em prática foram na rotina pessoal. Acho que a gente precisa mudar primeiro o pessoal para melhorar o profissional. Então, o primeiro método de organização que adotei, e o mais genial (e simples!) para meu tipo de pessoa, foi pescado no blog Vida Organizada: ter um caderno e anotar tudo o que vier à cabeça e precisa ser lembrado. Uma caixa de entrada, como define a dona do blog.
Aqui entra a conclusão número 2, sobre as tecnologias. Sou uma pessoa cinestésica (ou, como gosto de dizer, old-school): preciso tocar, visualizar. Se você também é assim, sabe que não adianta fazer checklists no Word, planilhas de Excel e sincronizar mil coisas entre computador e celular. Tudo isso entra e sai da nossa mente em questão de segundos. Mas um caderno bonito, canetas divertidas e post-its coloridos ajudam demais a lembrar do que precisamos. O caderno não é uma agenda (a minha, por exemplo, só uso para anotar os detalhes dos projetos que chegam), é simplesmente um “bloco de anotações”, onde entram ideias, lembretes, listas de compras etc..
A questão principal do caderno, o tchans mesmo da coisa, é esvaziar a cabeça. Muitas vezes sou desconcentrada/desorganizada porque fico repassando mentalmente, sem cessar, as coisas que preciso fazer. Desde tarefas domésticas até textos para o AP. Fica tudo lá, indo e vindo, enquanto estou trabalhando. É um desgaste muito grande e, no fim, não ajuda a lembrar das coisas, só a ficar estressada. Anotando no caderno, fico tranquila e paro de pensar nos compromissos pessoais durante o trabalho.
E por falar nele, olha ele aí:
O caderno virou meu melhor amigo e, de quebra, levou a duas outras boas práticas: 1) colocar alarme no celular para ligações e compromissos a serem feitos mais para frente (assim não ficam esquecidos dentro do caderno nem na minha cabeça). 2) instituir a regra dos cinco minutos: se pode ser feito em cinco minutos ou menos, não vai para o caderno nem pro celular, é feito na hora ou assim que possível. Aqui entra tudo: lavar um copo, pagar uma conta na internet, fazer uma ligação rápida. Pensem em quanta coisa a gente elimina quando para de protelar! Só de pensar que não tem louça acumulada para depois do trabalho já me faz traduzir mais feliz!
Bom, amanhã vou falar sobre a rotina profissional e a questão do ritmo (des)acelerado. E deixo aqui um dos textos bacanas que li recentemente e acho que vocês vão gostar: Routines Are Not the Enemy: 11 Ways To Make them Work for You
Muito interessante, obrigado pela inspiração!
Que bom que gostou, Manuel 🙂
Lorena, uma coisa que faço nos intervalos de tradução (procuro dar uma paradinha de 5 a 10 minutos em intervalos de 1 ou 2 horas) é fazer algum trabalho doméstico, dar os telefonemas, etc. Por exemplo, dou uma parada e lavo um pouco de louça, ou guardo coisas espalhadas, ou ponho roupa na máquina, ou marco uma consulta. Mas às vezes, você tem que usar esse tempo para jogar um joguinho no computador, ou fazer uma coisa puro lazer mesmo.
Só que, prepare-se: quando o bebê vier, é ele que vai mandar na sua rotina. 😀
Beijo!
Oi Roseli, verdade! Eu faço exatamente o mesmo que você nas pausas 🙂 Só que, veja bem, meus 5 minutos são a cada 25 min, como manda o Pomodoro. Claro que tem dias (dependendo também do tipo de trabalho) que vou direto, pego o embalo. Mas quanto mais curtinhos meus períodos, melhor minha concentração fica. Se eu trabalhar uma hora direito, é certeza de que quando chegar nos 30 min já estarei pensando na morte da bezerra.
Falarei justamente dessas duas coisas nos próximos artigos da série (das paradinhas e da questão do baby).
Super beijo!
Lorena, adorei!!! Há tempos que venho sentindo essa necessidade de me organizar melhor e suas dicas são ótima, vou praticar rsrsrsr bjox
Que bom, Mari, fico contente! 🙂