Tradutora e, agora, mãe. Não necessariamente nessa ordem.

Oi, pessoal! Gostaria de contar para vocês como foi o primeiro mês na minha vida de mãe, e também falar sobre as minhas expectativas para o futuro próximo.

Como está sendo?

As primeiras semanas depois que o bebê nasceu foram muito intensas, tanto física quanto psicologicamente. Além da recuperação do parto (o meu teve que ser cesárea, apesar de eu sempre ter querido o normal), há também toda a questão hormonal, que nos faz passar da euforia ao desânimo em poucos segundos.

Nesse período, eu só conseguia pensar em dar de mamar, trocar fraldas e tentar dormir quando desse. Era meu quarto – quarto do bebê – banheiro. A cozinha eu visitava de vez em quando. A sensação é de que eu estava num mundo paralelo e que não existia mais nada além disso. Lembro de, na primeira ou segunda semana, ter levado o bebê para vacinar e, uma mãe, com um bebê do mesmo tempo que o meu, estava ao celular marcando depilação. Eu só pude pensar: “Depilação, já? Mal consigo pentear o cabelo”!

Claro que essas coisas variam de mãe para mãe. No meu caso, foi um tanto difícil voltar ao eixo, talvez por ser mãe de primeira viagem. Hoje meu bebê tem um mês e meio e somente há pouco tempo passei a conseguir ficar mais acordada e retomar algumas atividades.

Mas nada de rotina ainda! Por enquanto, o bebê ainda segue um ritmo bem errático, então um dia nunca é igual ao outro. Parece que será assim até pelo menos os dois meses. No final da gravidez, li e reli mil vezes o “Nana, nenê“, na esperança de fazer tudo certinho desde o começo. Mas aprendi que, por ora, o melhor é seguir o ritmo do bebê e tentar discipliná-lo no que der, porque em tudo ainda não dá.

Como será daqui para frente?

Há mães tradutoras que logo no primeiro mês já pegam seus primeiros trabalhos. Eu, desde o começo, planejei e me propus a me dedicar exclusivamente ao bebê por três meses. Só não tenho certeza se precisarei de mais tempo depois disso.

Sei que é preciso manter os clientes e, claro, a renda da casa, mas tudo é questão de prioridade. Acredito que dê para voltar aos pouquinhos, retomando com os clientes que oferecem trabalhos mais fáceis e prazos razoáveis. A carga mais pesada fica para depois.

Por enquanto, estou tentando não me preocupar muito com o trabalho e curtir ao máximo essa aventura com o filhote. Afinal, o tempo passa rápido. Meu pequeno já perdeu algumas roupinhas e já não tem mais cara de recém-nascidinho. Está um mocinho robusto e comilão. Amo a tradução, porém sei que trabalhos e clientes vêm e vão. Mas os momentos preciosos com o filho são únicos e preciso aproveitar, porque esses sim não voltam mais!

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9 Respostas para “Tradutora e, agora, mãe. Não necessariamente nessa ordem.”

  1. Debora Dumphreys diz :

    Parabéns pela chegada do seu bebê, Lorena! Sei muito bem como se sente, é exatamente como você disse, “a sensação de que não existia mais nada além disso”, hehehe! Apesar de curtir tudo, tinha meus momentos de apavoramento e cheguei a pensar que a vida nunca mais voltaria ao ‘normal’. E já se vão quase 22 anos, o garotão é um homem e passou tão rápido que eu nem acredito!
    Você está certa – priorize seu filhote, cada momento, curta cada carinha, cada expressãozinha. Não existe nada tão importante na vida e cada momento desses não volta, passa rápido demais!
    Que vocês crescam juntos e sejam muito felizes.
    Um abraço,
    Débora

    • Lorena Leandro diz :

      Muito obrigada, Debora! Sim, também tenho momentos de puro medo, mas é só o filhote dar um sorrisinho que tudo some! Vale tão a pena, não é? Imagino o sentimento de realização para você, com um rapazão de 22 anos já! 🙂

  2. Debora Dumphreys diz :

    Corrigindo: “…que vocês cresçam juntos”.

  3. Jù Chaad diz :

    Que orgulho de você Lo. Aproveite mesmo e parabéns por essa fase linda. Sou sua fã. Beijos.

  4. Lorena Leandro diz :

    Ah, Ju, assim eu fico vermelha! Obrigada, de coração! Beijos!

  5. Nivia Marcello diz :

    Lorena,
    Acabo de conhecer seu blog e vou recomendá-lo aos meus alunos. Sou mãe de trigêmeos de quase 7 anos. Tenho 3 empregos (em 3 universidades diferentes) e traduzo artigo acadêmicos semanalmente. Não parei de trabalhar. Três dicas básicas: amor, limite e rotina. Fique tranquila tudo vai dar certo e o bebê vai ter orgulho da mãe multitarefas. Abraço
    Nivia Marcello

    • Lorena Leandro diz :

      Nivia, que heroína, você! Com um já fico super preocupada quando tiver que voltar ao batente! Mas acredito que você esteja muito certa na sua receita, vou procurar segui-la.

      Obrigada pela indicação do blog aos alunos, espero que seja útil. Um abraço!

  6. Juliana Pazetti diz :

    Lorena,

    Estou na mesma situação que você, com um filho de 45 dias, mas no meu caso estou mais parecida com a garota que encontrou no posto de vacinação.
    Optei por ter ajudavem casa pra que eu pudesse sair um pouco de casa de vez em quando, cuidar um pouco de mim e, também, trabalhar! Desde a segunda semana tenho feito pequenos trabalhos e essa semana peguei alguns maiores.

    É cansativo sim, mas essa éva vantagem de trabalhar em casa, cuido do meu pequeno e de mim mesma.

    Boa sorte com seu bebê entenha certeza de que quando decidir voltar ao trabalho seus clientes estarão esperando e entenderão que seus prazos e ritmo serão diferentes.

  7. Lorena Leandro diz :

    Oi Juliana, parabéns pelo bebê! Sim, o legal de trabalhar em casa é justamente essa escolha, de voltar quando quiser e de fazer o esquema que melhor se encaixa ao nosso perfil.

    Eu admiro quem volta logo, não somente pelo cansaço, mas também pelo psicológico. No primeiro mês, eu não tinha cabeça para pensar em mais nada além do bebê. Aos pouquinhos fui saindo da toca e hoje, claro, aos 4 meses, as coisas já voltaram ao normal (e eu voltei a trabalhar essa semana: http://lorenaleandro.com/2013/04/08/preparando-a-volta-ao-trabalho/).

    E você está certa sobre cuidarmos de nós mesmas. Uma das minhas primeiras saídas no comecinho foi ir ao cinema com o marido. Me forcei a sair e foi muito bom, me senti pertencente ao mundo de novo! 🙂

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