Como foi o V ProZ (V): por que tradutor monotarefa?

Finalmente venho falar sobre a minha palestra!
Como eu havia dito, o tema foi O tradutor monotarefa: um novo conceito de produtividade pessoal e profissional. Mas, afinal, como cheguei a esse tema e por que achei o assunto importante para ser discutido na conferência?
Eu mesma pensei muito em como o conceito monotarefa começou a fazer parte da minha vida. Para chegar a uma resposta e determinar em que momento mudei minha visão sobre produtividade, tive que forçar a memória e voltar um pouco no tempo.
Vocês devem lembrar que eu fiz uma série de posts quando estava grávida sobre como me organizar para depois que o bebê nascesse. Aquele foi o momento em que comecei a colocar ordem na minha vida pessoal e profissional, mas eu ainda não sabia exatamente qual era o meu perfil de organização e produtividade. Porém, mesmo não sabendo, aquele foi um passo importante, porque a partir dali pude identificar esse perfil.
Quando a gente sente uma forte necessidade de se organizar e mudar o jeito de fazer as coisas no dia-a-dia, quer dizer que chegamos no limite do que podemos oferecer a nós mesmos. Naquela mesma série de posts, uma das coisas que citei como ruim na minha rotina profissional foi o fato de tentar ser multitarefas, mas não conseguir realmente concluir as tarefas. Essa foi a descoberta crucial, que me levou a repensar todo o meu modo de lidar não só com as obrigações profissionais, mas também com as pessoais. E, além disso, a entender dificuldades e situações específicas do passado. Era a peça do quebra-cabeças que estava faltando.
Fazer essa autoavaliação não é fácil e pode demorar muito tempo para chegarmos a uma resposta. Às vezes uma vida toda. Mas se tivermos consciência de que precisamos ter esse conhecimento de nós mesmos, mais rápido chegamos ao resultado. Parte dessa minha avaliação foi criar o blog Monotarefa, para falar de todas as mudanças que resolvi aplicar na minha vida. Para mim, escrever é também uma forma de concretizá-las e assumir um compromisso com elas.
E podem acreditar: não foram apenas mudanças organizacionais. Foram mudanças de prioridade e do jeito de encarar a vida. Pensei, então, que uma virada tão grande envolvendo carreira e vida pessoal seria interessante de compartilhar com colegas de profissão. Afinal, se nosso modus operandi é parecido, talvez minha experiência possa servir para motivar outros tradutores a repensarem seus paradigmas.
Ufa! Foi assim que fui parar em Recife falando sobre o conceito monotarefa. Clique aqui para ver os vídeos da palestra e aqui para ver a apresentação que fiz no Prezi. Espero que gostem!
No próximo artigo, voltarei com as fontes e referências que usei para a palestra.