Parada obrigatória
Alguns de vocês acompanharam pelo Facebook o problema que tive com o domínio do blog. Bem, estou de volta com novo endereço e aproveito para retomar, de algum modo, as postagens. Ainda estou arrumando a casa e alguns links podem estar levando para o endereço antigo, problema que estou solucionando aos poucos. Me avisem se encontrarem alguma coisa estranha, ok? Aliás, quem quiser entrar em contato por e-mail, já pode escrever para: contato@lorenaleandro.trd.br ou aoprincipiante@gmail.com. E aproveito, também, para pedir desculpas a quem me escreveu anteriormente e não obteve resposta. Alguns e-mails não estavam chegando pelo reencaminhamento. Podem me enviar novamente, se ainda precisarem de mim.
Essa foi a primeira parada obrigatória (chata e inconveniente). Antes de falar da segunda (boa e necessária), gostaria de agradecer a todos que se mostraram tão prestativos em me ajudar a resolver o problema. E também a me lembrar que o blog, mesmo com uma frequência de posts muito aquém da que eu gostaria, ainda é bastante acessado.
Mas vamos falar, então, da segunda parada.
Para quem ainda não sabe, estou grávida do meu terceiro bebê, que deve nascer em abril do ano que vem. É um momento muito feliz ver a família crescendo de novo! Mas também é momento de reorganização de toda a estrutura familiar e profissional, porque ter três filhos seguidinhos não é moleza, não!
Para dar conta do recado e de tudo que a maternidade e a própria gestação exigem (e de tantas outras coisas que andam acontecendo ao mesmo tempo), resolvi fazer uma pausa no trabalho. Uma retirada estratégica, para que eu possa me cuidar e também me dedicar às crianças. Como boa monotarefa, não poderia ter tomado decisão diferente.
Isso não significa que a tradução não terá mais espaço durante esse período sem trabalhar. Afinal, como eu já disse por aqui, tradutor, quando não trabalha… trabalha! Acho que posso fazer algumas coisas simples para me manter atualizada e não ficar muito longe do mundo profissional até voltar à ativa. Pensei em coisas como: continuar acompanhando fóruns, grupos e listas de discussão; aproveitar para preparar mais posts para o blog; voltar a ler artigos, blogs e sites sobre tradução; participar de eventos pequenos e encontros com colegas; assistir a vídeos, aulas, palestras e, quem sabe, cursos online; rascunhar ideias para projetos futuros.
Claro que tudo isso será mais viável até o momento em que o bebê nascer. Depois do parto, sei que ficarei um bom tempo longe de tudo, porque toda a energia estará voltada para o novo membro da família. De qualquer modo, enquanto puder, certamente farei algumas dessas coisas, para não deixar a peteca cair e fazer uma transição mais tranquila quando retornar ao trabalho (o que ainda não sei quando vai, de fato, acontecer).
Por isso, pessoal, continuem sempre à vontade para entrar em contato e não percam as esperanças: eu ainda pretendo publicar no blog de vez em quando! 🙂
Por que ter um blog pode tornar você um tradutor melhor

Eu adoro escrever no Ao Principiante e me dedicar ao blog sempre que posso. Muitas pessoas me escrevem pedindo dicas e sugestões, querendo iniciar seus próprios blogs. Muitas delas, porém, ficam em dúvida sobre por que escrever e manter um blog. Para mim, há muitos motivos para se ter um e compartilho os que acho mais importantes abaixo.
- Escrever periodicamente em um blog melhora a escrita, o poder de concisão, a criatividade e a capacidade de revisar o próprio texto.
- Força a avaliar mais a fundo questões importantes sobre a profissão, a pesquisar mais sobre o mercado e as práticas do setor.
- Amplia a rede de contatos e traz oportunidades reais de trabalho e parcerias.
- Aumenta o conhecimento sobre ferramentas da web.
- É uma doação ao setor. É retribuir a ajuda que outros profissionais já nos ofereceram.
- É um canal de comunicação com os profissionais mais novos (de idade ou de profissão), o que ajuda a reciclar nossa visão da indústria e a conhecer novas práticas.
- Nos faz olhar nosso próprio caminho profissional e enxergar possíveis mudanças de percurso.
- Você sente que não está sozinho. Escrever sobre dificuldades, dúvidas ou simplesmente dar uma opinião gera comentários de pessoas que já passaram pelas mesmas situações.
Semana ProZ: 8 dicas para quem deseja criar um blog de tradução

A conferência do ProZ deste ano trará uma mesa redonda com blogueiros! O Danilo e a Kelli (Tradutor Profissional), a Janaina (Ecos da Tradução) e eu faremos parte da mesa Os blogs podem influenciar as relações no mercado de tradução?
Aproveitando o ensejo, como sei que muita gente gostaria de criar um blog, deixo abaixo algumas dicas bacanas. Não há segredo, basta dedicação e comprometimento.
- Não tenha medo de falar sobre o que outros tradutores já falaram. As pessoas são diferentes e é interessante quando há várias opiniões sobre o mesmo tema.
- Ser iniciante não é impedimento para criar um blog. Você pode falar sobre como está sendo sua ascensão profissional e até fazer um diário de bordo. Pense que há outros iniciantes no mesmo barco e que, nessa fase, é muito bom compartilhar experiências. Seja criativo!
- Quem lê o AP sabe que, às vezes, demoro para publicar novos artigos. Entendo que talvez seja frustrante para o leitor. Ao mesmo tempo, sei que, como tradutores, os leitores entendem como nossa rotina pode ser corrida. O importante é publicar um conteúdo de qualidade, sempre que possível. Não abandone o barco porque não consegue cumprir uma cota de publicações diárias.
- Busque sempre novas ideias para engajar o público. Pode ser uma pesquisa de opinião entre os leitores, uma mudança no layout do blog, parcerias com novos colaboradores.
- Procure não deixar os leitores sem respostas, além de dar retorno a e-mails, mensagens e comentários. Desse modo, o leitor saberá que você é acessível e está interessado em trocar ideias, tirar dúvidas etc..
- Vincule seu blog às redes sociais, para que o leitor tenha mais opções de acessar seu conteúdo.
- Seja verdadeiro e honesto, sempre. Mas não é preciso se expor demais. Zele por sua imagem pessoal e profissional.
- Não mantenha o blog por obrigação, mas por prazer. O dia que isso virar apenas um dever, é melhor parar.
Se você tiver tomado coragem e criar o seu blog de tradução, não deixe de me contar para eu visitá-lo!
Imagem retirada daqui.
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Meus queridos,
Por favor não estranhem se demorar um pouco até eu publicar um novo artigo. Preciso de uma pausinha para colocar ordem nas coisas!
A pausa também vem por uma boa causa, acho que em breve terei novidades. Estou com um projeto muito bacana para o blog em mente. Mas preciso pensar nele com calma e carinho, por isso conto com a paciência de vocês.
Enquanto isso, não se acanhem. Usem o espaço de comentários se tiverem sugestões para os próximos artigos ou para o que mais julgarem interessante. E podem continuar a me escrever que eu respondo!
Abraços e até breve!
Colhendo os frutos de 2011

Instant change is a myth and a dangerous one at that. We are brought up on a culture that demands immediate gratification and sudden wealth. The flip-side of this belief is often a deep-seated, nagging frustration that our effort does not yield immediate results.
Quando a gente se propõe a dar novos rumos para a carreira, a palavra-chave é paciência. Mudanças podem ser feitas repentinamente, mas seus frutos se colhem apenas quando o ciclo do cultivo está completo. Não existe colheita antes do tempo certo.
Quem acompanha o Ao Principiante, talvez lembre desse meu artigo. Foi quando escrevi sobre as mudanças na minha vida profissional. Elas começaram a tomar forma não em fevereiro de 2011, quando o artigo foi publicado, mas sim em dezembro de 2010.
Ou seja, um ano se passou. Na época, eu mal conseguia imaginar onde estaria no dezembro seguinte. Mas ele chegou, e rápido. Em parte porque não esperei colher os frutos das minhas decisões no dia seguinte. Tivesse eu feito isso, talvez hoje achasse que o ano passou devagar.
É aqui que mora o segredo, e onde entra a frase que abre este artigo: resultados instantâneos raramente acontecem. Tudo que colhemos é fruto de esforço, suor, trabalho, decisões. E essas coisas levam tempo. Começam como sementes, que germinam e crescem para somente depois amadurecerem e caírem em nossas mãos. No meio tempo, exigem que reguemos as folhas, afofemos a terra, adubemos o solo.
Se você está começando sua vida como tradutor, ou se está num momento da carreira que exige mudanças, não esqueça que o ciclo do seu cultivo tem hora certa para terminar. Colha seus frutos quando estiverem maduros, é muito mais saboroso.
E eis aqui um dos frutos que andei colhendo este ano e gostaria de compartilhar com vocês. É de uma importância ímpar para mim, por ser meu primeiro trabalho na área editorial e, acima de tudo, o primeiro como freelancer. É a revisão (em conjunto com Alessandra Barros) da tradução de Martha G. da Cruz e Isabel Vidigal do livro Agulhas e Linhas, da Publifolha.