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De generalista a especialista: o que há no meio do caminho?

Vocês já devem ter visto que a programação do VI Congresso Internacional de Tradução e Interpretação da Abrates saiu esta semana, não é? E eu estarei lá para batermos um papo sobre especialização!
Estou levando um pouco da minha bagagem profissional e um material muito bacana para ajudar você a identificar oportunidades de especialização e poder trilhar o melhor caminho para se tornar um bom especialista e um profissional bem sucedido.
Nos vemos lá? 🙂
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De generalista a especialista: o que há no meio do caminho? 
Uma perspectiva para o tradutor principiante

 
Após a conquista de ter entrado efetivamente no mercado de tradução, outro grande desafio se apresenta ao tradutor em início de carreira: como encontrar um nicho de especialização? A busca incessante por bons serviços e clientes, típica dessa fase, o transforma em um grande generalista, que lida com textos dos mais variados setores, mas dificilmente se aprofunda em algum.
 
É normal que para o iniciante as oportunidades de especialização nem sempre se mostrem claras. Sem conseguir identificá-las, ele não sabe quais ações tomar rumo à carreira como tradutor especializado. “Engessado” por essa dificuldade, os primeiros passos resultam em esforços muitas vezes desnecessários e atrapalham a decisão por uma área de atuação adequada. Isso pode levar a baixa qualificação, dificuldade em prospectar clientes melhores (e, consequentemente, elevar o patamar de preços), problemas em estruturar a rotina de trabalho e financeira, frustração com a profissão em geral e até abandono da atividade.
 
A ideia é mostrar a você, iniciante, como identificar oportunidades de especialização e o caminho para se tornar um bom especialista, unindo minhas experiências pessoais e profissionais com soluções, insights e dicas práticas que poderão facilitar esse processo.

Como ser tradutor? Roteiro básico para quem quer começar

Esses dias, uma leitora me escreveu interessada em iniciar na tradução.

Ela é advogada, especializada em direito civil, formada em francês e disse que adora ler e escrever. Além das dúvidas sobre como ingressar na carreira, ela também comentou: “Sou mãe de um menininho de 1 ano e preciso passar mais tempo com ele em casa, em vez de ficar o dia todo em um escritório que já não me acrescenta mais.”

Como e-mail dela envolve dúvidas comuns a muitos iniciantes (e a muitas mães), achei que seria legal responder aqui no blog mesmo. E como são várias coisas para comentar, dividi a resposta em duas partes.

1) Como ser tradutor? Roteiro básico para quem quer começar

2) Mãe e freelancer: o que aprendi até agora e algumas dicas

Para o artigo de hoje, fiz um pequeno roteiro com links de artigos que já foram publicados aqui e que podem ajudar o iniciante a se estruturar melhor para começar na profissão.

A segunda sai até semana que vem. Falarei sobre como foi o ano de 2013, em que pela primeira vez eu me dividi entre trabalho e maternidade. Darei algumas dicas sobre como produzir melhor, manter clientes e se concentrar nos objetivos profissionais.

Vamos, então, ao que interessa!

Como ser tradutor?
Roteiro básico para quem quer começar

PASSO 1 – Estudar

Para traduzir, não basta saber bem um idioma estrangeiro. Devemos, além do bom português, claro, saber as técnicas de tradução e tudo o que envolve a prática tradutória (pesquisas, terminologia, uso de ferramentas, tecnologias etc.). Para isso, é possível fazer cursos, que vão desde graduação e pós-graduação até cursos livres e de especialização.

O blog Ecos da Tradução traz uma lista de cursos oferecidos pela ABRATES (Associação Brasileira de Tradutores), mas há muitos outros oferecidos por universidades e escolas particulares.

PASSO 2 – Informar-se

Paralelamente a estudar, é preciso também saber como funciona o mercado de tradução, que tipos de clientes procurar (e onde) e em que nicho se especializar. Para saber se você tem o perfil adequado para ser tradutor, leia este artigo, que traz um questionário para ajudar a traçar algumas diretrizes.

Há ainda todas as questões que envolvem ser um profissional autônomo, nas quais dou uma pincelada aqui.

PASSO 3 – Integrar-se

Sugiro fortemente acompanhar, além de blogs e sites de tradução (o Guia do Tradutor e o Tradutor Profissional, por exemplo, estão recheados de informações relevantes), as listas e grupos de tradutores (hoje mais concentrados no Facebook), porque eles são ótimos termômetros de como funciona o mercado na realidade, das dificuldades comuns à maioria dos profissionais da área, de questões relativas a preços e métodos de cobrança, além de tratarem de mil outras coisas, como dúvidas de terminologia e indicações de dicionários/glossários.

No Facebook, gosto bastante desses três: Tradutores/Intérpretes, Tradutores, Intérpretes e Curiosos e Tradutor Iniciante, mas sei que há outros grupos bons também.

PASSO 4 – Participar

Todo ano são realizados eventos de tradução, grandes e pequenos. Você já está estudando e se informando sobre a profissão, então não perca a oportunidade de comparecer a eles, mesmo sem experiência na área. Poder ouvir os profissionais mais experientes e o que outros colegas têm a dizer é um modo de preparar o terreno e se sentir mais seguro sobre o setor. Afinal, fazer networking é essencial para ser bem sucedido na profissão. E, de quebra, você ainda pode conhecer pessoalmente muitas das pessoas que fazem parte dos grupos do Facebook.

Para se preparar melhor, você pode ler tudo o que já publiquei sobre networking aqui.

PASSO 5 – Buscar ou aproveitar uma especialização

A leitora que fez a pergunta já tem uma formação anterior, o que é uma excelente oportunidade, porque ela já começa “especializada” numa área. Como advogada, ela pode direcionar a busca por textos jurídicos que sejam de sua área de atuação e depois ir ampliando o leque conforme adquirir mais experiência.

Caso você não tenha uma formação prévia e sua formação seja na área de Letras/Tradução, por exemplo, a especialização acaba vindo com a prática. Provavelmente, no começo, você traduzirá textos das mais diversas áreas e ficará sabendo com quais delas tem mais afinidade. Com o tempo, é natural a gente ir filtrando os trabalhos/clientes de acordo com o que gostamos mais de traduzir (e que traduzimos melhor). Isso vale também para a leitora, se por acaso ela não goste mais de direito a ponto de não querer traduzir sobre isso.

Para saber mais sobre especialização, recomendo a leitura deste artigo e deste também.

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Há outros artigos sobre o início da carreira reunidos aqui. Não deixe de ler para complementar este pequeno roteiro. Boa sorte e bons trabalhos!

13 livros que todos os tradutores deveriam ler

13 livros que todos os tradutores deveriam ler, no Escola Freelancer.

Escolhendo o cliente certo

Ótimo artigo no blog do ProZ sobre escolha de clientes: http://tinyurl.com/cy3pcfb

Ótima fonte de pesquisa, oferecida pela CIA

Ótima fonte de pesquisa, oferecida pela CIA: The World Factbook

30 coisas para se fazer em 30 minutos ou menos

30 coisas para se fazer em 30 minutos ou menos (cheio de links úteis e legais!), no site Marc and Angel Hack Life

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