Tradutor, você já se reinventou hoje?

Outro dia estava lendo uma matéria da Revista Sorria que dizia que “uma carreira pode comportar várias profissões. E, um mesmo trabalho, distintas habilidades”. Achei isso a cara da da realidade dos tradutores, profissionais polivalentes e adaptáveis que somos. Dias depois, uma colega tradutora, bem mais experiente do que eu, chamou minha atenção para a necessidade de o tradutor sempre buscar novas áreas de conhecimento e atuação. Falamos bastante sobre a importância de investir em atualização ou novas especializações.
Lembrando da frase da revista e pensando nessa conversa, entendi que é essencial para um tradutor saber redirecionar a carreira. Estudando bem o mercado, podemos identificar nichos que nos trariam mais oportunidades do que o nosso atual, por exemplo. Somos, assim, capazes de determinar que novo rumo queremos seguir.
Mas essa guinada na carreira do tradutor não é aquela que acontece uma vez na vida, quando (ou se) entramos em crise de identidade profissional. Na nossa profissão, temos que nos reinventar a todo momento. Quando surgem novas tecnologias e ferramentas de trabalho, quando o mercado mostra sinais de mudança, quando clientes não nos passam mais serviço ou quando surgem novos clientes, e em tantas outras situações.
Considero que essa é uma das partes mais legais da vida como tradutor: ter a flexibilidade de respirar novos ares, adquirir novos conhecimentos, ganhar experiência em áreas diversas. Claro que, para isso, é preciso deixar o comodismo de lado, mergulhar nos estudos e nos dedicar ao máximo aos novos objetivos que queremos alcançar. Mas tudo isso vale a pena quando vemos novos caminhos se abrindo no nosso horizonte profissional.
É por estas e outras que sou tradutora há 33 anos. Até mesmo quando perdi o título oficialmente quando fui para a área privada como gerente de marketing e setor latino-americano, ainda fazia e corrigia trabalhos de tradução.
O mesmo digo sobre a interpretaçào, que me obriga a prender coisas ainda mais a fundo visto a necessidade de ter a terminologia na ponta da língua e não poder correr ao dicionário horas depois e mudar o que já foi dito – não podemos reescrever a “coisa falada”.
Beijos, Lorena.
Profissionais de interpretação são ainda mais versáteis, admiro demais!
Beijão, Gio!