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Como foi o VI Congresso da Abrates para os iniciantes?

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Depois de uma semana pós-congresso ocupadíssima, finalmente venho falar um pouco sobre o VI Congresso Internacional de Tradução da Abrates! Muitos tradutores já publicaram ou estão publicando seus relatos com ótimas descrições de palestras, então quero fazer aqui uma abordagem um pouco diferente. Vamos falar de como foi o congresso para os iniciantes?

Para começar, devo dizer que me surpreendeu o número de iniciantes presentes no congresso. A gente sabe que nem sempre é fácil para quem está começando comparecer a eventos, inclusive por questões financeiras. Foi, portanto, uma ótima surpresa ver tanta gente que se esforçou para estar lá aproveitando o evento ao máximo.

A atitude dos iniciantes também foi um ponto alto do congresso, para mim. Muita gente veio falar comigo, contar sua história, tirar dúvidas ou apenas dar oi, e eu achei o pessoal super confiante e com um bom toque para o networking. Ponto para vocês!

Também foi fantástica a ideia da organização de dividir as salas por temas. A sala 6, onde fiz minha apresentação, era somente para palestras voltadas a iniciantes. Aliás, quero agradecer mais uma vez a presença de vocês. Especialização é um tema que dá pano para a manga e eu tentei, ao máximo, abordar os pontos mais pertinentes para quem está procurando um nicho. Quem não foi pode 1) dar uma conferida “passeando” pela minha apresentação no Prezi (clique na imagem abaixo) e 2) ler o relato bacana que a Laila Compan, do blog Tradutor Iniciante, fez sobre a palestra (com direito a selfie e tudo!).

Gostei demais das contribuições que algumas pessoas fizeram durante a palestra. Sabe o que deu para sentir com elas? Que, cada vez mais, os iniciantes estão perdendo aquele sentimento de que quem está começando é um amador. Não! Vocês, durante os três dias de evento, mostraram que estão começando mesmo é com o pé direito: são profissionais inteligentes, buscando uma boa colocação na área que escolheram e que sabem se posicionar. Fiquei orgulhosa, de verdade!

Tenho certeza de que todos os principiantes que estiveram no congresso saíram fervilhando de ideias e com a rede de contatos mais completa. Lembro do primeiro evento em que compareci (o CIATI, que era organizado pela Anhanguera) e de como eu saí diferente depois de ter ouvido o que excelentes profissionais tinham a dizer. E pessoas que conheci lá fazem parte da minha rede até hoje (algumas, mais tarde, viraram inclusive parceiras em trabalhos importantes). Não se pode subestimar a mágica que acontece nesses eventos e seus efeitos em curto, médio e longo prazo.

Por isso que, hoje, ao dar uma palestra (essa é a minha terceira), eu sinto que retribuo o que fizeram por mim quando eu era iniciante. Um dia, sei que muitos de vocês farão o mesmo, fazendo a roda girar, renovando o círculo de palestrantes e gerando novas ideias para o setor. Sim, pelo que vi nesse congresso, já consigo visualizar vocês lá no futuro, brilhando!

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De generalista a especialista: o que há no meio do caminho?

Vocês já devem ter visto que a programação do VI Congresso Internacional de Tradução e Interpretação da Abrates saiu esta semana, não é? E eu estarei lá para batermos um papo sobre especialização!
Estou levando um pouco da minha bagagem profissional e um material muito bacana para ajudar você a identificar oportunidades de especialização e poder trilhar o melhor caminho para se tornar um bom especialista e um profissional bem sucedido.
Nos vemos lá? 🙂
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De generalista a especialista: o que há no meio do caminho? 
Uma perspectiva para o tradutor principiante

 
Após a conquista de ter entrado efetivamente no mercado de tradução, outro grande desafio se apresenta ao tradutor em início de carreira: como encontrar um nicho de especialização? A busca incessante por bons serviços e clientes, típica dessa fase, o transforma em um grande generalista, que lida com textos dos mais variados setores, mas dificilmente se aprofunda em algum.
 
É normal que para o iniciante as oportunidades de especialização nem sempre se mostrem claras. Sem conseguir identificá-las, ele não sabe quais ações tomar rumo à carreira como tradutor especializado. “Engessado” por essa dificuldade, os primeiros passos resultam em esforços muitas vezes desnecessários e atrapalham a decisão por uma área de atuação adequada. Isso pode levar a baixa qualificação, dificuldade em prospectar clientes melhores (e, consequentemente, elevar o patamar de preços), problemas em estruturar a rotina de trabalho e financeira, frustração com a profissão em geral e até abandono da atividade.
 
A ideia é mostrar a você, iniciante, como identificar oportunidades de especialização e o caminho para se tornar um bom especialista, unindo minhas experiências pessoais e profissionais com soluções, insights e dicas práticas que poderão facilitar esse processo.

Como foi o V ProZ (VI): referências e fontes

Para encerrar a série sobre a V Conferência Brasileira de Tradutores do ProZ, deixo abaixo algumas referências e fontes que usei na minha palestra.  Boa leitura!

– Meu blog pessoal, o Monotarefa.

– O artigo Stop multitasking, start monotasking do site Paul the counsellor, em que ele cita o estudo de 2005 conduzido pelo Dr. Glenn Wilson, do Institute of Psychiatry, da Universidade de Londres, em que se descobriu que o QI das pessoas que enfrentam distrações como e-mails e ligações telefônicas sofre uma queda de 10 pontos, mais que o dobro do impacto causado pela maconha. Também tirei muitas outras informações para a palestra desse artigo.

– As três frases citadas na palestra vieram dos seguintes artigos:

Monotarefa ou multitarefa: preciso escolher só um?

The power of monotasking

Palestra de Paolo Cardini no TED.

– A matéria abaixo, da Revista Galileu, foi uma das várias leituras que fiz para preparar a palestra e que acho que vale a pena compartilhar com vocês:

Faça uma coisa de cada vez e seja múltiplo

Como foi o V ProZ (V): por que tradutor monotarefa?

Finalmente venho falar sobre a minha palestra!

Como eu havia dito, o tema foi O tradutor monotarefa: um novo conceito de produtividade pessoal e profissional. Mas, afinal, como cheguei a esse tema e por que achei o assunto importante para ser discutido na conferência?

Eu mesma pensei muito em como o conceito monotarefa começou a fazer parte da minha vida. Para chegar a uma resposta e determinar em que momento mudei minha visão sobre produtividade, tive que forçar a memória e voltar um pouco no tempo.

Vocês devem lembrar que eu fiz uma série de posts quando estava grávida sobre como me organizar para depois que o bebê nascesse. Aquele foi o momento em que comecei a colocar ordem na minha vida pessoal e profissional, mas eu ainda não sabia exatamente qual era o meu perfil de organização e produtividade. Porém, mesmo não sabendo, aquele foi um passo importante, porque a partir dali pude identificar esse perfil.

Quando a gente sente uma forte necessidade de se organizar e mudar o jeito de fazer as coisas no dia-a-dia, quer dizer que chegamos no limite do que podemos oferecer a nós mesmos. Naquela mesma série de posts, uma das coisas que citei como ruim na minha rotina profissional foi o fato de tentar ser multitarefas, mas não conseguir realmente concluir as tarefas. Essa foi a descoberta crucial, que me levou a repensar todo o meu modo de lidar não só com as obrigações profissionais, mas também com as pessoais. E, além disso, a entender dificuldades e situações específicas do passado. Era a peça do quebra-cabeças que estava faltando.

Fazer essa autoavaliação não é fácil e pode demorar muito tempo para chegarmos a uma resposta. Às vezes uma vida toda. Mas se tivermos consciência de que precisamos ter esse conhecimento de nós mesmos, mais rápido chegamos ao resultado. Parte dessa minha avaliação foi criar o blog Monotarefa, para falar de todas as mudanças que resolvi aplicar na minha vida. Para mim, escrever é também uma forma de concretizá-las e assumir um compromisso com elas.

E podem acreditar: não foram apenas mudanças organizacionais. Foram mudanças de prioridade e do jeito de encarar a vida. Pensei, então, que uma virada tão grande envolvendo carreira e vida pessoal seria interessante de compartilhar com colegas de profissão. Afinal, se nosso modus operandi é parecido, talvez minha experiência possa servir para motivar outros tradutores a repensarem seus paradigmas.

Ufa! Foi assim que fui parar em Recife falando sobre o conceito monotarefa. Clique aqui para ver os vídeos da palestra e aqui para ver a apresentação que fiz no Prezi. Espero que gostem!

No próximo artigo, voltarei com as fontes e referências que usei para a palestra.

Como foi o V ProZ (IV): depoimento da Amanda sobre voluntariado

*por Amanda Sampaio Mendasoli

Há tempos eu queria participar de um evento da nossa área, mas a minha agenda não deixava. Depois de perder algumas oportunidades, decidi que iria à Conferência do ProZ e pronto. Eu já havia participado de dois outros eventos desse tipo no começo da faculdade, mas não tinha conhecimento nenhum na área e tudo o que aprendi ficou meio solto, pois nada se encaixava no meu momento profissional e acabei ficando perdida em meio a tanta informação nova.

Logo que a página da conferência entrou no ar, corri para ver as informações e vi que eles precisavam de alguns voluntários que ajudassem durante o evento. A oportunidade de ser voluntária chamou a minha atenção. Como voluntária, as chances de eu ficar tímida em um canto sem interagir com as pessoas eram nulas e, como benefício, a organização ainda oferecia a isenção na taxa de inscrição. Depois disso, passei por um processo de seleção: enviei meu currículo e uma carta de apresentação para a Milktrados e passei por uma entrevista por Skype. Depois de algum tempo, a Nina entrou em contato dizendo que eu estava selecionada para fazer parte da equipe de apoio.

Eu cheguei a falar mais de uma vez que o voluntariado era uma troca: eu trabalharia no apoio da conferência, mas teria um incentivo financeiro (a isenção da taxa de inscrição) e ainda poderia aprender com as palestras. Acabei descobrindo que eu estava errada; a experiência foi muito mais do que isso. Aproveitei muito mais esse evento do que aqueles do início da faculdade. Aprendi demais com as palestras, conheci pessoalmente tradutores que antes eram só carinhas do Facebook, tive contato com pessoas que não conhecia e trabalhei com uma equipe maravilhosa. Tudo isso fez com que eu me empenhasse ainda mais nas tarefas que recebi e trabalhasse contente.

Ainda estou sentindo o efeito das novas ideias que foram plantadas durante aquele fim de semana e já dei início a uma revolução profissional. Então, o que posso dizer com certeza é que vale muito a pena ir a eventos profissionais como esse e que ser voluntário é excelente para quem quer participar, mas precisa ficar de olho no orçamento. Por outro lado, ser voluntário só é uma boa opção para aqueles que pretendem ajudar de verdade e estão dispostos a se doar para que o evento seja um sucesso.

Como foi o V ProZ (III): colaborando e mostrando a cara

Há muitas e muitas maneiras de aproveitarmos um evento profissional. Uma delas é colaborar para que o evento seja um sucesso, em prol da nossa categoria. Mas como?

1) Seja um divulgador

Você pode divulgar o evento antes de ele acontecer, informando a data, o local, o programa e outros detalhes em seu site/blog, pelas redes sociais, por e-mail ou em conversas com outros colegas. Quanto mais gente ficar sabendo, mais participantes o evento terá, garantindo sua continuidade (e melhoria) nos próximos anos.

Durante o evento, você pode atualizar em tempo real os colegas que não foram, pelo Twitter ou pelo Facebook (e se você for bom de tecnologia, até pelo seu próprio site/blog). Normalmente, o pessoal usa uma hashtag no Twitter (a do Proz deste ano foi #RecifeConference) para que todo o conteúdo fique reunido nas buscas. Fiz isso este ano e, além de divertido, achei muito útil para “sentir” o andamento do evento.

O legal é que, assim, ganhamos novos seguidores nas redes e também descobrimos pessoas para seguir, o que só enriquece o intercâmbio entre os profissionais.

2) Seja participativo

Durante as palestras, várias pessoas deram opiniões e sugestões bastante relevantes para os assuntos discutidos. Ficamos conhecendo, por exemplo, novas formas de lidar com questões recorrentes e até programas que ajudam a produtividade. As próprias perguntas feitas aos palestrantes são importantes para enriquecer a discussão.

Se você tem algo que considere interessante acrescentar, perguntar ou sugerir, não fique envergonhado. Todo mundo sai ganhando com a troca de ideias. Participe ativamente!

3) Seja um colaborador

Não sei como foi nos outros anos mas, nesta edição, a organização do ProZ contou com a ajuda de voluntários durante o evento, selecionados previamente. Eles ajudaram no credenciamento, na entrega de microfones durante as palestras e na organização propriamente dita. Acho um modo muito legal de retribuir ao nosso setor e ainda ter uma experiência enriquecedora. Para os iniciantes, é uma excelente maneira de se integrar, conhecer gente nova e mostrar a que veio.

O próximo artigo da série trará o depoimento muito bacana de uma colega nossa que foi voluntária nessa edição do ProZ. Fique de olho!

4) Seja um palestrante

Por que não? Você não precisa ser convidado para ser um palestrante. Se você tem uma ideia diferente e gostaria de passá-la a outros colegas, pode enviar uma proposta para a organização e participar como palestrante. Ou, em eventos que têm painéis e pôsteres, preparar alguma coisa para apresentar. Quer oportunidade melhor do que essa para se fazer conhecer e, melhor ainda, passar conhecimento adiante?