Um pouco de teoria – tradução e paráfrase
Embora quem está de fora não tenha ideia, a vida de tradutor é bastante corrida. Por isso, muitas vezes é difícil parar para pensar em teoria quando a prática exige tanto de nós. Por outro lado, é sempre bom reciclarmos os conhecimentos teóricos do nosso ofício, porque muitas vezes são eles que nos livram de certas ciladas e deixam nosso trabalho mais requintado.
Um dos assuntos que pesquisei em 2010 foi a paráfrase. Você já parou para pensar no que é uma paráfrase e o que ela tem a ver com tradução? Com um exemplo sobre a Bíblia, o vídeo abaixo pode esclarecer por que é importante fazer essa diferenciação. John Piper ainda cita outro conceito clássico, a equivalência dinâmica.
E não são apenas esses dois conceitos que podem se misturar. Por conta do lançamento da Nova Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, em 2009, a Folha juntou as definições de reelaboração, paráfrase, tradução, paródia, plágio e retificação em um pequeno artigo (aqui), que julguei interessante colocar nos meus favoritos.
A propósito, se você quiser saber mais sobre plágio de traduções, recomendo o site da Denise Bottmann, o Não Gosto de Plágio. O trabalho da Denise é primoroso e muito valioso para a comunidade dos tradutores!
E, para terminar, aconselho a leitura de um artigo meio antiguinho (2008), mas muito interessante, chamado Papel e Desserviço da Paráfrase em Tradução, de Eduardo Ferreira, no jornal literário Rascunho.
Boas leituras e pesquisas! 🙂
Muito interessante Lorena. Principalmente para tradutores como eu, que se fizeram no ofício e não têm educação formal em tradução é sempre bom encontrar referências à teoria, que sempre burila a prática.
Oi, Sheila, desculpe a demora em responder!
Olha, mesmo os tradutores com educação formal precisam rever certos conceitos teóricos de vez em quando. Os cursos universitários dificilmente abrangem tudo. Além disso, o tempo vai passando e a gente esquece certas coisas, ainda mais quando estamos muito envolvidos no dia-a-dia da profissão.
Obrigada pelo comentário, beijos!
Oi, Lorena.
Eu, sinceramente, não consigo fazer uma distinção bem clara entre paráfrase e tradução. Já procurei na internet de todas as formas e não consegui. Finalmente consegui encontrar o seu blog, que tem sido muito útil, com informações super claras e relevantes. O único problema é que o link que você fornece no fim da postagem parece não estar mais disponível. Sei que isso não é de sua responsabilidade, mas será que você não tem esse artigo salvo no seu computador e pode fornecê-lo? Ou alguma outra maneira de socializá-lo? Desculpe se isso for algum incomodo, ou pedir demais!
De todo modo, parabenizo mais uma vez por esse espaço.
Valeu pela atenção!